Alerj instala CPI das operadoras de telefonia celular
Instalada esta semana na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a Comissão Parlamentar de Inquérito das operadores de telefonia celular faz sua primeira reunião nesta segunda-feira (03.06). A CPI vai apurar danos causados ao consumidor na prestação inadequada de serviços de telefonia oferecidos pelas operadoras que atuam no estado do Rio. O deputado estadual Bernardo Rossi, líder do PMDB na Alerj, faz parte da Comissão.
- A
telefonia celular foi a líder de queixas nos Procons do país em 2012,
segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da
Justiça. Do total de 1.877.966 de queixas recebidas no ano passado,
172.119, o que representa 9,17% do total, foram provocadas por problemas
com telefonia celular. Ao lado dos bancos, as operadoras são campeãs de
queixa em todas as regiões do país", explica Bernardo Rossi
A União
Nacional dos Legisladores Estaduais (Unale) aprovou um pedido para que
todas as assembleias legislativas do país criem suas CPIs em relação às
operadoras de telefonia, já que a Câmara Federal não instituiu a sua.
Treze CPIs já foram abertas ou estão em processo de instalação no Brasil
e visam apurar responsabilidades das prestadoras por provocarem danos
ao consumidor. "As operadoras de telefonia são concessionárias
públicas, como as que prestam serviços de água, luz e gás. Elas tiveram a
permissão de operação e têm de cumprir metas e regras que primem pela
eficiência do serviço", defende Bernardo Rossi citando cobranças
indevidas, falta de sinal e longa espera em serviços de teleatendimento
como principais queixas dos consumidores.
O
deputado petropolitano é autor de projeto de lei que tramita na Alerj
determinando a obrigatoriedade de as empresas de telefonia móvel a
garantirem sinal suficiente para conexão com serviços de emergência em
todas as rodovias do Estado, desde as estradas de alta rodagem às
estradas vicinais de escoamento de produção agrícola, no interior das
cidades. "Elas devem providenciar o mínimo: contato do usuário com
serviços de SOS", explica Bernardo Rossi que defende que o projeto de
lei vai possibilitar a correção de uma deficiência das operadores que
não se esforçam em retificar. "Será um dos assuntos em pauta na CPI",
antecipa.
A Unale
articula a sintonia entre todas as CPIs que foram instaladas em âmbito
estadual para mobilização que pressione o Congresso a estabelecer um
novo marco regulatório das telecomunicações no país, legislação já
defasada. A CPI na Alerj é presidida por Domigos Brazão (PMDB) e além de
Bernardo Rossi tem como membros Luiz Martins (PDT), André Ceciliano
(PT) e André Corrêa.
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