sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cabral exige passe livre para Paris


Cabral, Paes, Haddad e Alckmin saíram às ruas para protestar pelo alto preço da safra de 1982 do Château Lafite-Rothschild.
Cabral, Paes, Haddad e Alckmin saíram às ruas para protestar pelo alto preço da safra de 1982 do Château Lafite-Rothschild.
CINELÂNDIA – Numa semana atípica, em que estava de passagem pelo Rio, o governador Sergio Cabral se mostrou animado com a diminuição do preço do ônibus, das barcas e do metrô e decidiu engrossar a onda de manifestações. “Ninguém aguenta mais o preço da ponte aérea Rio–Paris. A mobilidade é um direito fundamental da população e está gravemente ameaçada pelo lucro pornográfico das companhias aéreas”, escreveu em seu mural no Facebook. Os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de São Paulo, Fernando Haddad, curtiram e compartilharam o desabafo. Mais cauteloso, Geraldo Alckmin prometeu criar uma linha direta entre Pindamonhangaba e Miami a preços populares. “Vamos apertar os cintos para realizar esse antigo sonho da alma paulista”, discursou o governador.
Com um lenço cobrindo o rosto, Cabral comandou na noite de ontem a invasão do escritório da Air France no Rio. Em seguida, os manifestantes picharam as paredes e saquearam a adega do Olympe, restaurante do chef Claude Troisgros. “Não é só pelas 20 mil milhas, é por direitos”, gritava o governador.
Surpreendido com a ampliação das manifestações, Arnaldo mudou de ideia sobre Jabor: “O Rio vive um momento glorioso. Um banquinho, um violão, a revolução”, suspirou.
No ar ao vivo, o colunista Merval Pereira não precisou de bombas de gás lacrimogêneo para dispersar seus comentários: “Esse vinho não harmoniza com vandalismo”, disse, ao condenar os excessos durante as manifestações contra a alta dos preços na região de Bordeaux.

Nenhum comentário:

Postar um comentário