Escândalo das privatizações | Sobre o Escândalo
Os dois principais processos de privatização conduzidos no governo Fernando Henrique Cardoso – a venda da Companhia Vale do Rio Doce e do sistema Telebrás – envolveram cifras gigantescas e resultaram em graves acusações contra muitos de seus protagonistas. Com a venda da Vale, em 1997, o governo conseguiu 3,3 bilhões de reais. No ano seguinte, o leilão da Telebrás gerou para o Tesouro a quantia de 22 bilhões de reais. Em 2001, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães fez uma acusação pesada a respeito da privatização das teles. Segundo ele, o consórcio Telemar teria feito um acerto para pagamento de 90 milhões de reais a Ricardo Sérgio de Oliveira, então maestro de coxia dos negócios da Previ, o poderoso fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, para levar o negócio. A acusação nunca foi comprovada.
Na ocasião, o processo de venda da estatal já fora sacudido pela revelação, em 1998, do áudio de grampos telefônicos em que o ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e o então presidente do BNDES, André Lara Resende, discutiam formas de interferir no leilão. No ano seguinte, foi colocada em xeque a lisura do processo de privatização da Vale: Ricardo Sérgio foi acusado de receber propina para montar em torno do empresário Benjamin Steinbruch o consórcio que venceu o leilão da Vale do Rio Doce. As duas operações têm pontos de semelhança. Os dois consórcios foram criados por desejo do governo. Ambos foram formados na última hora - e a base financeira dos grupos é o dinheiro dos fundos das estatais.
Atualizado em 17/04/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário