VERA CRUZ – Milhares de militantes ocuparam o Facebook e alteraram seus sobrenomes após a divulgação de boatos de que índios já ocupavam o território brasileiro antes da chegada dos portugueses em 1500. “Se for verdade, essa informação muda toda a configuração do conflito no Mato Grosso do Sul”, postou a estudante Maria Maria Terena, enquanto fumava um cigarro de orégano orgânico.
A propagação dos boatos geraram tumulto em 11 cidades. No Rio de Janeiro, atores da TV Globo promoveram um abraçaço em volta da Lagoa repleta de pirogas e acenderam um cachimbo da paz. Ao meio dia, numa ação coordenada pela CET, paulistas emitiram sinais de fumaça de seus automóveis como protesto. No Recife, dois documentários ultra-viscerais começaram a ser gravados.
Aturdida, Dilma Guarani Kaiowá pintou estrelinhas vermelhas no rosto e determinou que todos os funcionários do Palácio do Planalto deveriam se comunicar em língua ticuna por 24 horas. A mandatária anunciou ainda a criação de um novo ministério para abrigar as principais tribos do país. A base governista terá direito de nomear 97 de seus caciques para a pasta.
No final da tarde, historiadores contratados pela EBX esclareceram que Pedro Álvares Cabral, primeiro governante da árvore genealógica de Sérgio Cabral, licitou as terras indígenas para Fernão Cavendish e Érico Batista. “Estes dois empresários portugueses arrendaram as terras, em forma de capitanias hereditárias, para a primeira formação do PMDB”, explicou Turíbio Santos Sarney, professor de História da Universidade Federal do Maranhão.
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