quinta-feira, 5 de junho de 2014

Deus e sua existência

Deus e sua existência
Por Dr. Enéas Zandomênico - 04/06/2014, 10h02
 
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (LE,1)
Desde os tempos remotos, a criatura humana guarda a intuição da existência de um ser superior, ao qual dá diferentes nomes: DEUS, Alá, Jeová, etc. Os selvagens veneram a divindade nos fenômenos da natureza, fatos que estavam fora do seu controle e do alcance de sua inteligência embrionária.
Com o passar do tempo e o desenvolvimento científico, o homem, pela investigação e pela experiência, passou a compreender melhor o mundo à sua volta, mas a sua ideia sobre DEUS continuou obscura e inelegível. O homem perdeu-se em complicados estudos teológicos, afastando-se cada vez mais das Leis Naturais que regem o Universo.
Com o advento do Consolador (GE, I:26 a 28), uma luz nova brilhou aos olhos humanos. No momento certo, os Espíritos Superiores lograram desvendar um pouco mais desse insondável mistério que atormenta o cérebro dos mais renomados filósofos.
Algumas pessoas, por ignorância, sustentam, levianamente, que o Espiritismo não professa a crença na existência de DEUS. Entretanto, nós, Espíritas, sabemos que isso é uma rematada inverdade.
Kardec reservou, em O Livro dos Espíritos, um capítulo (o primeiro dedicado especialmente para tratar do CRIADOR).
Enquanto a maioria das religiões tradicionais mostra DEUS como um ser antropomórfico, isto é, dotado das mesmas características psicológicas e físicas que o homem, como se fosse um velho barbudo, de rosto sisudo, e olhar acusador sobre as pessoas, o Consolador (GE, I:26 a 28) apresenta DEUS como um ente supremo, a personificação da Bondade, da Justiça e do Amor, que trata os seres humanos como um pai amoroso e enérgico trata seus filhos.
Portanto, a História mostra-nos que a ideia nobre DEUS sempre foi compatível com o nível intelectual e moral dos povos e de seus legisladores, manifestando-se de acordo com o progresso e a cultura dos diferentes povos.
À medida que o homem evolui moral e intelectualmente, desperta novos níveis de consciência, passando a entender melhor o CRIADOR.
A Doutrina dos Espíritos muito tem contribuído para a compreensão da divindade.
Na questão nº 1 de O Livro dos Espíritos, Kardec perguntou: “Que é DEUS?” E os Espíritos Superiores responderam com magistral concisão: “DEUS é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.
A prova da existência de DEUS os Espíritos Superiores nos deram na questão nº 4 de o Livro dos Espíritos “Onde se pode encontrar a prova da existência de DEUS? R.- Num axioma (certeza) que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.
De fato, todo efeito inteligente decorre de uma causa inteligente. DEUS revela-se por sua providência, sabedoria e harmonia. Basta reparar a nossa volta: a natureza é a assinatura viva de DEUS! O nosso corpo é uma máquina maravilhosa que continua desafiando a Medicina.
O homem não é capaz de criar um inseto, por pequeno e insignificante que seja. Logo, tudo o que o homem não fez, foi criado por DEUS, a causa das causas. Assim, DEUS revela-se aos homens por meio de suas obras.
No atual estágio evolutivo, estamos longe de conhecer DEUS em sua intimidade, mas já podemos vislumbrar, ainda que palidamente, que a essência divina constitui o AMOR. A Doutrina Espírita deu-nos a conhecer alguns atributos divinos, apresentando-nos DEUS como Ser “Eterno, Imutável, Único, Onipotente, soberanamente justo e bom” (LE, 13)
Nãopodemos ainda conhecer a sua natureza, porque somos muito imperfeitos, não temos faculdades desenvolvidas para tanto, pois uma inteligência limitada e imperfeita como a nossa não poderia abranger o conhecimento ilimitado e perfeito que é DEUS, apesar de vivermos e nos movermos nele, como afirmou o apóstolo Paulo, utilizando-se de uma bela figura poética.
O Panteísmo admite que DEUS seria o conjunto ou a soma de todos os seres, de todos os corpos e de todos os globos do Universo, como se todos esses elementos fossem partes da Divindade. Esta doutrina faz de DEUS um ser material que, embora dotado de suprema inteligência, seria um ponto grande o que somos um ponto pequeno. Se assim fosse, DEUS não seria DEUS, porque seríamos uma extensão do PAI, como se a criatura fosse uma parte do CRIADOR.
Se desejamos nos aproximar do CRIADOR, trabalhamos pelo nosso aprimoramento espiritual, por, quando não mais tivermos o espírito obscurecido pela matéria, quando atingirmos a perfeição relativa que nos está destinada, veremos e compreenderemos DEUS.
Tudo é força, somente DEUS é poder. JESUS, “filho de DEUS”, é nosso IRMÃO MAIOR e nosso SALVADOR. Obrigado SENHOR JESUS por tudo que fez e faz para o bem da humanidade.

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