terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Lu Alckmin usou aeronaves do governo mais vezes do que todos secretários de Geraldo Alckmin juntos

Lu Alckmin usou aeronaves do governo mais vezes do que todos secretários de Geraldo Alckmin juntos

POR PAINEL
Nas alturas Presidente do Fundo Social de Solidariedade de SP, a primeira-dama, Lu Alckmin, utilizou as aeronaves do governo mais vezes do que todos os secretários de Geraldo Alckmin somados desde 2011. Até 2015, a mulher do governador teve helicópteros e jatos do Estado à disposição para 132 deslocamentos em que foi a passageira principal. Os auxiliares de Alckmin juntos foram passageiros principais em 76 ocasiões. Os dados dos 1.900 voos foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
Honras da casa Alckmin também autorizou 36 empréstimos de aeronaves para pessoas de fora da administração paulista. A lista vai do ex-premiê britânico Tony Blair aos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Delcídio do Amaral (PT-MS).
Às claras 1 O governo diz que Dona Lu “desenvolve amplo trabalho voluntário, com agenda transparente” e que empréstimos a terceiros atendem a “interesse público”.
Às claras 2 O Estado justifica os voos em decreto que diz caber à Casa Militar operar “deslocamentos do governador e primeira-dama” em suas aeronaves, além de, excepcionalmente, secretários e agentes públicos a serviço.
Partiu Réveillon O presídio que abriga a maioria dos envolvidos na Lava Jato, em Pinhais (PR), registrou uma fuga no dia 29 de dezembro. O fujão, contudo, não fazia parte dos detidos na operação. O empresário Marcelo Odebrecht e José Dirceu cumprem pena no local.
Ficou novo A fuga aconteceu quando o preso era levado da área hospitalar, onde havia recebido atendimento médico, para uma cela. A polícia ainda tenta encontrá-lo.
It’s tiiiime A acareação entre José Carlos Bumlai e o lobista Fernando Baiano ocorrerá dia 14 de janeiro. Eles divergem sobre o envolvimento do ex-ministro Antonio Palocci na Lava Jato. Baiano também diz que passou dinheiro a Bumlai para bancar gastos de uma nora de Lula. Bumlai nega.
Nem vem O atual líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), tem dado de ombros aos que insistem em lembrar do acordo feito em 2015 que previa a necessidade de dois terços dos votos da bancada para a reeleição. “O combinado morreu quando passaram a lista para me tirar do cargo”, afirma.
Pouso autorizado Do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) sobre a impaciência generalizada com o ajuste fiscal: “Quando há turbulência, o piloto diz: ‘Apertem os cintos e não saiam da cadeira. Em dez minutos, sairemos da turbulência’. Se, em dez minutos, isso não ocorrer, você começa a ficar nervoso.”
Doces lembranças “Fico ouvindo o Jaques falar tanta bobagem que começo a achar que o Aloizio Mercadante era bom”, ironiza o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre o titular da Casa Civil, o atual e o ex.
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Serenata fiscal Diante da saraivada de críticas do mercado financeiro e do fogo amigo do PT, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está decidido a gastar sola de sapato neste início de ano. Conversará com representantes de diversos setores, da esquerda e da direita
Deus e diabo Terá reuniões com entidades como a Fundação Perseu Abramo, com banqueiros e empresários graúdos. “Vou procurar todo mundo”, tem dito o ministro a interlocutores. Ele nutre esperanças de, assim, dirimir resistências.
Sem saideira Com 11 novos clientes após o início da Lava Jato, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que “fechou o boteco”. Na lista, há nomes como Roseana Sarney, Romero Jucá, Aécio Neves e André Esteves.
Psiu O banqueiro André Esteves, aliás, foi orientado a permanecer em silêncio até o julgamento da denúncia.

TIROTEIO
Não há qualquer hipótese de paralisarmos atividades essenciais para o país como as executadas pela Polícia Federal.
DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO, ministro da Justiça, sobre o corte de R$ 133 milhões no orçamento da corporação em 2016 feito pelo Congresso.

CONTRAPONTO
Dobrou a meta
Em sessão da CPI da Petrobras, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) perguntou ao presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), quanto tempo teria de discurso. Recebeu como resposta que falaria tanto como membro da CPI quanto como representante da liderança do PSOL. Foi quando Carlos Marun (PMDB-MS) provocou:
— Será para todos nós uma grande emoção ouvir o deputado Ivan Valente falar por longos 25 minutos.
— Por 30 minutos! — corrigiu Motta. E completou:
— Parafraseando o ex-presidente Lula, nunca antes na história desta Casa o deputado Ivan Valente teve tanto tempo assim para falar!

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