sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

deu zica

Tragédia brasileira

Um problema que parecia ser de natureza “leve” (e assim sempre tinha sido considerado pelas autoridades sanitárias brasileiras) mostra agora sua face cruel: o zika vírus se espalhou indiscriminadamente a ponto de causar alarme também fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. Isso porque ele foi identificado como causador de microcefalia, uma má-formação que faz com que bebês nasçam com a circunferência da cabeça menor do que 32 centímetros, podendo afetar seu desenvolvimento e causar dificuldades motoras, cognitivas e de aprendizado.
Em todos os casos de microcefalia registrados até agora, as mães dos bebês tinham sido contaminadas pelo vírus durante a gravidez, vítimas de picadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, a febre chikungunya e a febre amarela. Embora estejam em fases experimentais, não há ainda vacinas capazes de prevenir as doenças, assim como são por enquanto reduzidos os resultados de promissoras alternativas que procuram, por meio de modificações genéticas, diminuir ou eliminar a proliferação do mosquito. O único remédio que realmente poderia apresentar resultado eficaz é o combate direto ao Aedes.
Sem a conscientização da população, nada que o poder público faça surtirá efeito
A reação governamental neste sentido tem sido patética. Como se não bastasse a demora para tomar consciência da gravidade do problema, os brasileiros ainda tiveram de ouvir seu ministro da Saúde fazer graça com o caso, dizendo esperar que as brasileiras se contaminassem com o zika antes de chegar à idade fértil. O colunista Elio Gaspari recordou que o governo federal havia anunciado a meta irreal de visitar até o fim de janeiro todas as casas do país atrás de focos doAedes. Como obviamente não foi cumprido, o prazo foi prorrogado. Em dezembro, lembra o colunista, a presidente Dilma Rousseff assinou um decreto criando uma “Sala Nacional de Coordenação e Controle”, como se mais burocracia fosse a solução contra o mosquito.
E pensar que o Brasil já esteve livre do Aedes aegypti. O processo de combate ao mosquito foi iniciado pelo sanitarista Oswaldo Cruz no início do século 20 e, em 1955, o Brasil havia erradicado o inseto. Mas o mesmo não ocorreu em outros países e, graças ao incremento da mobilidade das pessoas, o Aedesvoltou – e, com ele, as doenças que transmite.
Se repetir o feito do século passado parece hoje mais complicado, os meios modernos de difusão de informações, assim como estruturas mais complexas e completas de vigilância, certamente facilitam o combate ao Aedes e a prevenção das doenças, tarefas que devem ser cumpridas não apenas pelas autoridades sanitárias, mas, sobretudo, pela via da orientação e conscientização de toda a sociedade. Afinal, além dos métodos de extermínio normalmente utilizados pelos órgãos de vigilância sanitária, há outro que depende exclusivamente da educação da população.
Campanhas de esclarecimento, principalmente nas regiões mais suscetíveis à presença e proliferação do Aedes aegypti, são absolutamente vitais para que sejam eliminados os “berços” naturais de reprodução e multiplicação do inseto – isto é, a água parada e o acúmulo de lixo em residências, quintais e terrenos baldios. À ineficácia governamental, infelizmente, é preciso somar o descaso de tantos brasileiros que, por descuido, ainda permitem a existência de criadouros do mosquito em suas casas. Sem essa conscientização, nada que o poder público faça surtirá efeito, e continuaremos a conviver com mais essa tragédia brasileira.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CORRUPÇÃO É CRIME CONTRA HUMANIDADE.

Presidente tucano da Assembleia de SP é citado em fraude da merenda escolar

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Investigados na Operação Alba Branca, que desmontou um esquema de corrupção e superfaturamento na venda de produtos agrícolas para merenda escolas de prefeituras e Estado, apontam Fernando Capez (PSDB), e 'Moita', ex-assessor de Edson Aparecido, braço direito do governador, como supostos recebedores de propinas.
Três investigados pela Operação Alba Branca ligam o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Luiz Roberto dos Santos, conhecido como “Moita”, ao suposto esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar.
Em depoimento à Polícia Civil, na terça-feira, 19, os funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) afirmaram que a propina chegava a ser de 25% dos contratos. Em detalhes, eles relatam como eram feitos as entregas de pacotes de dinheiro vivo, depósitos em contas e acertos em postos de combustível às margens de rodovias.
Da esquerda para a direita: A secretária Elaine Vogel, o prefeito Jamil Ono, Luiz Roberto dos Santos e o vereador Cristiano durante reunião no Palácio dos Bandeirantes em dezembro de 2015. Foto: Prefeitura de Andradina
Da esquerda para a direita: A secretária Elaine Vogel, o prefeito Jamil Ono, Luiz Roberto dos Santos e o vereador Cristiano durante reunião no Palácio dos Bandeirantes em dezembro de 2015. Foto: Prefeitura de Andradina
Os interrogados pela polícia apontam o deputado estadual Fernando Capez, que é promotor de Justiça e aspira disputar a cadeira de Alckmin em 2018, e Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, que era braço direito do secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, como beneficiários de propina. Interceptações telefônicas mostram que o deputado tucano é chamado de “nosso amigo” por intermediários de propinas.
O funcionário da Coaf, Adriano Gilbertoni Mauro, que foi preso na Operação Alba Branca, afirmou que Capez foi o responsável por conseguir a celebração de contrato com a Secretaria de Educação estadual. “Até onde o declarante sabia, o deputado estadual Fernando Capez recebeu uma parte das comissões pagas para Marcel”, disse, em referência ao suposto intermediador de propinas Marcel Ferreira Júlio.
Segundo Adriano Mauro, “nas conversas que mantinha com os demais vendedores, ao se referir ao termo ‘nosso amigo’ como sendo a pessoa que solucionaria os entraves surgidos, estavam a se referir ao deputado estadual Fernando Capez”.
Capez reagiu com veemência à denúncia. “É um absurdo, não sei nada de merenda, nunca falei com prefeito nenhum e não conheço essa Coaf.”
O secretário Edson Aparecido (Casa Civil) disse que na segunda-feira, um dia antes do estouro da Alba Branca, “Moita” foi devolvido para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde é funcionário. Edson Aparecido já acionou a Corregedoria do Estado para apurar o caso.
Contrato no governo. A operação foi deflagrada na terça-feira, 19, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Bebedouro, região de Ribeirão Preto (SP). Sete investigados ligados à cooperativa tiveram prisão decretada pela Justiça – seis foram detidos e um está foragido. Pelo menos 22 prefeituras são investigadas por suspeita de envolvimento com a fraude que compreendia compra de itens superfaturados para merenda escolar infantil.
Apesar de envolver contratos em 22 prefeituras, o principal interesse financeiro da Coaf eram os milionários pagamentos feitos pela Secretaria de Estado da Educação.
Vice-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, conhecido como Cal, declarou que houve propina de R$ 1,94 milhão em um contrato do governo paulista do ano passado. “Ocorreu este tipo de esquema com o Governo de Estado em 2015, numa venda de R$ 7,76 milhões sendo que acredita que também neste caso a propina girou em torno de 25%.”
Segundo Cal, nessas vendas era estipulado “o pagamento de ‘comissão'”. “Quer dizer, propina mesmo, que variava em torno de 25% do valor do contrato.” O dinheiro da corrupção seria pago por meio de intermediários, “que ligavam a Coaf a um funcionário público responsável pelo contrato”.
O vice-presidente da Coaf, declarou que “pode dizer que parte destes valores eram repassados também para o deputado Fernando Capez que sabe ser deputado e para o qual não sabe dizer quanto era repassado.”
O parlamentar receberia valores ilícitos por meio de assessores, identificados pelos investigados como ‘Licá’ e ‘Jeter’. Jeter Rodrigues Pereira integrava o Departamento de Comissões da Assembleia – segundo Capez, ele foi demitido em dezembro. Licá – Luiz Carlos Gutierrez – é assessor de Capez. “O Licá é sim meu amigo, é meu assessor e duvido, até prova em contrário, que esteja envolvido em esquema de fraude de merenda escolar”, reagiu o deputado tucano.
Intermediador. Outro nome importante do esquema revelado pelos investigados é Marcel. Apontado como filho do ex-deputado Leonel Julio, Marcel Ferreira Julio atuaria como operador de propinas. Nos depoimentos, os funcionários e o dirigente da Coaf disseram que Marcel ficava com 10% de comissões nos contratos fechados com o poder público. Seu pai teria uma cota de 2% dessa comissão.
Um dos funcionários da Coaf afirmou que no começo Marcel “se recusava a receber de outra forma que não fosse dinheiro vivo”. “Chegou a entregar-lhe vultosas quantias em dinheiro.” Citou entregas em postos de combustível, entre São Paulo e Bebedouro – sede da Coaf -, e posteriormente depósitos de dinheiro nas contas de sua esposa e do pai.
Cal, o vice-presidente da Coaf, diz que ‘pelo que ouviu dizer, Marcel era um tipo de representante de Fernando Capez’.
Além de suposto elo do esquema com Capez, Marcel teria sido a ligação entre a Coaf e o ex-chefe de Gabinete da Casa Civil – ante-sala do governador, no Palácio dos Bandeirantes. Um dos alvos da Operação Alba Branca afirmou que “Moita” trabalha pelos “interesses da Coaf na Secretaria Estadual de Educação”.
Os interrogados narram um caso específico em que Marcel teria entregue valores ao ex-chefe da Gabinete da Casa Civil. “Quanto ao contrato da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, participou de uma reunião em São Paulo, da qual participaram também Marcel e César realizada na casa do pai de Marcel conhecido como Leonel, ex-deputado estadual e federal,” diz Adriano Miller Aparecido Gibertoni Mauro, que era do setor financeiro da Coaf.
“(Marcel) ligou para a pessoa conhecida como ‘Moita'”, conta Mauro. “Ambos conversaram sob a possibilidade do Estado aditar o contrato que mantinha vigente com a Coaf”, explicou o funcionário.
“‘Moita’ cobrou R$ 40 mil em espécie para providenciar o que fosse necessário”, afirma o interrogado. “O pagamento foi feito dois ou três dias depois”, acrescenta. Mauro diz ter cuidado do saque e da entrega para Marcel, que repassou para o ex-chefe de gabinete da Casa Civil.
O funcionário da Coaf relatou ainda outra atuação de “Moita”, que teria recebido propina para agilizar uma documentação na Junta Comercial do Estado de São Paulo. “Ligaram então para Marcel, que por sua vez entrou em contato com ‘Moita’, que tinha uma pessoa dentro da Jucesp. Ao custo de R$ 20 mil, ‘Moita’ conseguiu agilidade no registro que saiu em 4 dias.”
Laranja superfaturada. O esquema, segundo a polícia, se aproveitou da legislação federal, que estipula e prevê incentivos para que prefeituras e governos de Estado comprem até 30% da merenda escolar de pequenos produtores rurais.
A Coaf participava das chamadas públicas simulando disputa com outras cooperativas ligadas a ela, combinando preços, que eram superfaturados. Um litro de suco de laranja, que para a entidade custava R$ 3,70, era vendido a R$ 6,80. Para garantir os contratos com o governo e prefeituras, era feito a certo de “comissões”.
Membro do setor de finanças da Coaf, Caio Pereira Chaves – um dos interrogados pelos investigadores da Alba Branca – disse que os produtos da entidade não tinham origem na agricultura familiar, ‘vindo do Ceasa e grandes indústrias’.
Luiz Roberto dos Santos, o ‘Moita’, não foi localizado para comentar as denúncias que envolvem seu nome.
Marcel Ferreira Júlio também não foi localizado.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO FERNANDO CAPEZ (PSDB)
Presidente tucano da Assembleia Legislativa de São Paulo se diz indignado com denúncias de alvos da Operação Alba Branca e acusa ex-funcionário da Casa e ex-deputado Leonel Júlio de ‘usarem criminosamente seu nome”. Clique aqui e leia mais.
COM A PALAVRA, EDSON APARECIDO, SECRETÁRIO CHEFE DA CASA CIVIL DE GERALDO ALCKMIN
“Vamos tomar pé da situação. Desde o início da semana, por conta de a gente devolver os funcionários da Casa Civil para as empresas, ele (‘Moita’) não é mais chefe de gabinete da Casa Civil. Estamos sabendo disso agora. Estou pedindo imediatamente por parte da Corregedoria do Estado a abertura de um processo de apuração desses fatos. Ele é funcionário há 16 anos do governo. Veio trabalhar aqui no ano passado. Evidentemente, vou tentar me inteirar mais dos fatos. Isso tem de ser completamente investigado, apuração completa e profunda.”
COM A PALAVRA, A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
A Secretaria da Educação do Estado informou que Marcel Ferreira Júlio, suposto intermediário de propinas do esquema desmontado na Operação Alba Branca, não é funcionário da Pasta.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo vai colaborar com a Polícia Civil e o Ministério Público no que for necessário para dar sequencia às investigações. A Pasta segue a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE – criado pelo Governo Federal que institui a inserção, na alimentação escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar.”

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

LAVA JATO REAGE

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Refugiados estavam presentes em agressões a mulheres na Alemanha

France Presse
08/01/2016 07h36 - Atualizado em 08/01/2016 07h36

Refugiados estavam presentes em agressões a mulheres na Alemanha

Polícia de Colônia disse que havia refugiados durante confusão.
Ao menos 100 mulheres sofreram ataques sexuais na virada do ano.

Da France Presse
Imagem de vídeo publicado na internet mostra o momento em que um fogo de artifício explode no meio da multidão diante da estação central de Colônia na noite de réveillon (Foto: Reprodução/Youtube/Baris Olsun)Imagem de vídeo publicado na internet mostra o momento em que um fogo de artifício explode no meio da multidão diante da estação central de Colônia na noite de réveillon (Foto: Reprodução/Youtube/Baris Olsun)
Entre as pessoas presentes durante as agressões a mulheres registradas na noite de Ano Novo na cidade alemã de Colonia estavam refugiados, afirmaram sindicatos da polícia da Alemanhacitados pela imprensa.
"Eram em sua maioria jovens árabes e do norte da África", afirmou o presidente do Sindicato Alemão de Polícia (DPolG), Ernst G. Walter, ao ser questionado sobre os incidentes de 31 de dezembro.
Ao menos 100 mulheres sofreram ataques sexuais, toques impróprios e roubos cometidos por jovens aparentemente estrangeiros nas imediações da principal estação de trem da cidade alemã em 31 de dezembro. As vítimas, segundo as autoridades, descreveram os criminosos como "gangues de homens árabes ou norte-africanos".
"Sabemos que entre eles havia refugiados procedentes de abrigos da região de Duisbourg, com documentos da Agência Federal de Migrações (Bamf)", completou, antes de recordar que "a investigação deve determinar com certeza se pertencem ao grupo de agressores".
"Dizer que não havia refugiados entre os autores, a meu ver, é equivocado", disse o agente Arnold Plickert, representante local de outro sindicato policial, o GdP, segundo o jornal Die Welt.
"Segundo os colegas, muitos homens revistados apresentaram documentos de residência expedidos pela Agência Federal de Migrações", acrescentou.
O jornal conservador também cita "policiais" anônimos enviados a Colonia durante os fatos que teriam afirmado que "a maior parte das pessoas presentes eram demandantes de asilo recém-chegados".
Na quinta-feira (7), a polícia alemã anunciou ter identificado "16 suspeitos" e o registro de 121 denúncias após dezenas de agressões a mulheres em 31 de dezembro em Colonia e outras cidades do país.

BANCADA DA BIBLIA

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Acidente no Trabalho

Acidente no Trabalho

Publicado por Aline Carvalho Advogada - 22 horas atrás
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O que é: Acidentes de trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho prestado à empresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais que podem resultar em morte ou na perda ou em redução, permanente ou temporária, das capacidades físicas ou mentais do trabalhador.
São considerados acidentes de trabalho:
  • Doenças profissionais provocadas pelo trabalho. Ex: problemas de coluna, audição, visão etc;
  • Doenças causadas pelas condições de trabalho. Ex.: dermatoses causadas por cal e cimento ou problemas de respiração causadas pela inalação de poeira etc.;
  • Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, fora do local de trabalho;
  • Acidentes que acontecem em viagens à serviço da empresa;
  • Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.
O que fazer: A comunicação de acidente de trabalho ou doença profissional será feita à Previdência Social por meio do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT - veja aqui como preencher o CAT ), preenchido em seis vias: 1ª via (INSS), 2ª via (empresa), 3ª via (segurado ou dependente), 4ª via (sindicato de classe do trabalhador), 5ª via (Sistema Único de Saúde) e 6ª via (Delegacia Regional do Trabalho).
A CAT pode ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, seus dependentes, entidade sindical, médico ou autoridade (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) e o formulário preenchido tem que ser entregue em uma Agência da Previdência Social.
Retomadas de tratamentos ou afastamentos por agravamento de lesão decorrentes de acidente de trabalho ou doença profissional também devem ser comunicados à Previdência Social através da CAT, mas, neste caso, deverão constar as informações da época do acidente e os dados atualizados do novo afastamento (último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão).
Também devem ser informadas à Previdência Social por meio da CAT mortes de segurados decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional.
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social acidentes de trabalho ocorridos com seus funcionários, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata. A empresa que não informar acidentes de trabalho está sujeita à multa.
Se ficar caracterizado que o acidente ocorreu por culpa do empregador ele deve indenizar o trabalhador por danos materiais, físicos e morais.
Se a empresa não emitir a CAT, o próprio trabalhador pode procurar assistência do INSS ou solicitar ao Sindicato que expeça este documento.
Onde reclamar: Caso você sofra acidente de trabalho e não for assistido adequadamente por sua empresa, você pode recorrer ao Ministério do Trabalho e ou a Delegacia Regional do Trabalho para que as providências sejam tomadas.
Pedido de indenizações: O tempo máximo para solicitar indenização por acidente de trabalho é de 5 anos. O período é contado a partir da data em que foi caracterizado o acidente ou a doença ocupacional. Após este período, há prescrição do prazo e a indenização não será paga.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sem saudades

Sem saudades

Parte da culpa é da presidenta. Parte, de quem agiu para imobilizá-la
por Marcos Coimbra — publicado 06/01/2016 02h11
Lula Marques/Agência PT
Dilma-Rousseff
Dilma e seu governo tiveram culpa, mas foram mais vítimas do que algozes
Termina um dos piores anos de nossa história recente. Talvez nenhum desde o fim da ditadura tenha sido tão ruim. É difícil encontrar um aspecto favorável. E, como foi pródigo em fatos negativos, seu saldo é muito ruim. Não há, neste fim de ano, um único indicador que sugira otimismo.
Ao terminar um ano assim, é preciso identificar que atores mais concorreram para produzi-lo. Se não soubermos quais foram, como cobrar responsabilidades?
Paradoxalmente, a resposta mais fácil à pergunta do principal responsável está longe de tudo resolver. Ao contrário do que parece a muita gente, Dilma Rousseff e seu governo tiveram sua culpa, mas foram mais vítimas que algozes no drama brasileiro de 2015.
Em retrospecto, qualquer um enxerga as decisões de política econômica tomadas em 2013 e 2014 que contribuíram para acrise atual. Foram, no entanto, apostas que pareciam então razoáveis, mesmo que envolvessem risco.
Manter aquecido o mercado interno, estimular investimentos privados em infraestrutura e consolidar grandes grupos econômicos nacionais, sem reduzir gastos sociais e sem abrir mão da iniciativa pública em setores estratégicos, era uma combinação complicada de objetivos.
Mas não inviável. Com um quadro internacional não de todo desfavorável e um mínimo de adesão dos empresários, poderia ser, até, uma aposta vitoriosa.
Sabemos que a estratégia não funcionou, seja por erros na administração macroeconômica e de gestão, seja porque foram inúteis os estímulos ao setor privado e aos governos estaduais e municipais.
A quase totalidade do empresariado preferiu acreditar que Dilma seria derrotada na eleição, recusou-se a investir e a atividade econômica desabou. Com despesas fixas, o déficit deu um salto. Para piorar, estados e municípios continuaram a gastança.
Apostas erradas e onerosas foram comuns em nossa história recente. Era, por exemplo, impossível manter o valor do real em 1998, mas ele foi congelado artificialmente para ensejar a reeleição de FHC. Quando derreteu, quem pagou a conta foi o povo. Lembrança que serve, aliás, para mostrar que todo governante procura se reeleger, mesmo que tenha de abrir mão de uma política econômica ajuizada.
Manifestação-pelo-impeachment
A oposição passou o ano com um único projeto: o impeachment (Lula Marques/Agência PT)
Mas os erros de Dilma e do governo só se tornaram dramáticos em 2015. Por mais equivocadas que tivessem sido as apostas feitas no passado, havia como corrigi-las com custo aceitável. Sem que tivéssemos que enfrentar uma crise da proporção da atual.
Dilma não iniciou bem o segundo mandato, montando um ministério fraco e aquém do que dela esperava a sociedade. Não conseguiu apresentar projetos e programas novos, que traduzissem os muitos compromissos que havia assumido na campanha.
O maior pecado, contudo, foi mal interpretar sua própria vitória. Parece que a entendeu como um cheque em branco, que lhe permitia fazer tudo aquilo que achasse necessário, sem ter de justificar seus atos.
Ela não explicou à sociedade por que era preciso fazer um forte ajuste fiscal, em que consistiria e quanto tempo duraria. Nunca disse que país queria construir e não convidou as pessoas a participar da construção. A quase metade do eleitorado que não votara nela teve certeza de que havia tomado a decisão correta em outubro de 2014. Quem desconfiou que errou foram aqueles que a elegeram.
Mas a crise que vivemos em 2015 foi principalmente provocada por outros personagens, que tolheram a capacidade da presidenta de consertar seus erros e agravaram os problemas existentes. Obcecados pelo propósito de derrubá-la, tudo fizeram para atrapalhar o governo, indiferentes ao prejuízo causado ao País.
Parte da responsabilidade pelo drama é da presidenta e de sua equipe, mas parte é daqueles que agiram conscientemente para imobilizá-la, promoveram a deterioração das expectativas e provocaram a piora da economia. Eles estão na oposição partidária, nos grandes grupos de comunicação, no Judiciário e em algumas corporações do funcionalismo público.
Se Dilma e o governo não conseguiram se explicar adequadamente e atravessaram 2015 de tropeço em tropeço, seus adversários passaram o ano com um único projeto: oimpeachment. Só mesmo uma ideia tão medíocre, tão despropositada e tão nociva à consolidação de uma cultura democrática no Brasil conseguiria a proeza de fazer com que um ano que começou mal terminasse ainda pior. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Lu Alckmin usou aeronaves do governo mais vezes do que todos secretários de Geraldo Alckmin juntos

Lu Alckmin usou aeronaves do governo mais vezes do que todos secretários de Geraldo Alckmin juntos

POR PAINEL
Nas alturas Presidente do Fundo Social de Solidariedade de SP, a primeira-dama, Lu Alckmin, utilizou as aeronaves do governo mais vezes do que todos os secretários de Geraldo Alckmin somados desde 2011. Até 2015, a mulher do governador teve helicópteros e jatos do Estado à disposição para 132 deslocamentos em que foi a passageira principal. Os auxiliares de Alckmin juntos foram passageiros principais em 76 ocasiões. Os dados dos 1.900 voos foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
Honras da casa Alckmin também autorizou 36 empréstimos de aeronaves para pessoas de fora da administração paulista. A lista vai do ex-premiê britânico Tony Blair aos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Delcídio do Amaral (PT-MS).
Às claras 1 O governo diz que Dona Lu “desenvolve amplo trabalho voluntário, com agenda transparente” e que empréstimos a terceiros atendem a “interesse público”.
Às claras 2 O Estado justifica os voos em decreto que diz caber à Casa Militar operar “deslocamentos do governador e primeira-dama” em suas aeronaves, além de, excepcionalmente, secretários e agentes públicos a serviço.
Partiu Réveillon O presídio que abriga a maioria dos envolvidos na Lava Jato, em Pinhais (PR), registrou uma fuga no dia 29 de dezembro. O fujão, contudo, não fazia parte dos detidos na operação. O empresário Marcelo Odebrecht e José Dirceu cumprem pena no local.
Ficou novo A fuga aconteceu quando o preso era levado da área hospitalar, onde havia recebido atendimento médico, para uma cela. A polícia ainda tenta encontrá-lo.
It’s tiiiime A acareação entre José Carlos Bumlai e o lobista Fernando Baiano ocorrerá dia 14 de janeiro. Eles divergem sobre o envolvimento do ex-ministro Antonio Palocci na Lava Jato. Baiano também diz que passou dinheiro a Bumlai para bancar gastos de uma nora de Lula. Bumlai nega.
Nem vem O atual líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), tem dado de ombros aos que insistem em lembrar do acordo feito em 2015 que previa a necessidade de dois terços dos votos da bancada para a reeleição. “O combinado morreu quando passaram a lista para me tirar do cargo”, afirma.
Pouso autorizado Do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) sobre a impaciência generalizada com o ajuste fiscal: “Quando há turbulência, o piloto diz: ‘Apertem os cintos e não saiam da cadeira. Em dez minutos, sairemos da turbulência’. Se, em dez minutos, isso não ocorrer, você começa a ficar nervoso.”
Doces lembranças “Fico ouvindo o Jaques falar tanta bobagem que começo a achar que o Aloizio Mercadante era bom”, ironiza o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre o titular da Casa Civil, o atual e o ex.
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Serenata fiscal Diante da saraivada de críticas do mercado financeiro e do fogo amigo do PT, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está decidido a gastar sola de sapato neste início de ano. Conversará com representantes de diversos setores, da esquerda e da direita
Deus e diabo Terá reuniões com entidades como a Fundação Perseu Abramo, com banqueiros e empresários graúdos. “Vou procurar todo mundo”, tem dito o ministro a interlocutores. Ele nutre esperanças de, assim, dirimir resistências.
Sem saideira Com 11 novos clientes após o início da Lava Jato, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que “fechou o boteco”. Na lista, há nomes como Roseana Sarney, Romero Jucá, Aécio Neves e André Esteves.
Psiu O banqueiro André Esteves, aliás, foi orientado a permanecer em silêncio até o julgamento da denúncia.

TIROTEIO
Não há qualquer hipótese de paralisarmos atividades essenciais para o país como as executadas pela Polícia Federal.
DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO, ministro da Justiça, sobre o corte de R$ 133 milhões no orçamento da corporação em 2016 feito pelo Congresso.

CONTRAPONTO
Dobrou a meta
Em sessão da CPI da Petrobras, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) perguntou ao presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), quanto tempo teria de discurso. Recebeu como resposta que falaria tanto como membro da CPI quanto como representante da liderança do PSOL. Foi quando Carlos Marun (PMDB-MS) provocou:
— Será para todos nós uma grande emoção ouvir o deputado Ivan Valente falar por longos 25 minutos.
— Por 30 minutos! — corrigiu Motta. E completou:
— Parafraseando o ex-presidente Lula, nunca antes na história desta Casa o deputado Ivan Valente teve tanto tempo assim para falar!

Vamos fazer uma vaquinha

GOL DE “BICICLETA”

GOL DE “BICICLETA”


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