Recebido com festa em BH - ATITUDE
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Tinga no desembarque Foto: Tarcísio Badaró)
Depois de 12 horas de viagem, o Cruzeiro desembarcou em Confins, no final da noite dessa quinta-feira. Cerca de trinta torcedores resistiram ao atraso de uma hora do voo celeste para dar apoio ao time, após a derrota para o Real Garcilaso, no Peru, e, principalmente, prestar solidariedade ao volante Tinga, vítima de racismo de parte dos torcedores peruanos.
O experiente jogador cruzeirense falou na chegada à Belo Horizonte. Mesmo cansado pela viagem, fez questão de lamentar mais uma vez o absurdo praticado contra ele em Huancayo, e disse esperar que o incidente e a repercussão dele sirvam de exemplo para que algo parecido não volte a se repetir.
- Com certeza não (esperava). Eu esperava uma recepção por uma vitória. Não é uma recepção que eu gostaria que acontecesse. Infelizmente, aconteceu comigo. Agora é esperar que não aconteça com outros. É uma situação que a gente nunca imagina. Ninguém nunca se prepara para viver uma situação dessa, uma situação tão séria como o preconceito. Nunca imaginei.
Tinga foi cercado por jornalista, no aeroporto (Foto: Tarcísio Badaró)
Tinga foi vítima de racismo durante a partida contra o Real Garcilaso, pela Libertadores, nessa quarta-feira, em Huancayo, no Peru. O volante entrou no segundo tempo e ouviu manifestações a cada vez que pegou na bola. Parte da torcida produzia ruídos que simulavam o barulho de um macaco.
Na chegada a Belo Horizonte, Tinga falou da tristeza pelo ocorrido, agradeceu as manifestações de amigos e companheiros de trabalho, que prestaram apoio pelas redes sociais, e revelou o desejo de chegar em casa para encontrar a família.
- A gente que trabalha no futebol está acostumado com um monte de coisa. A minha preocupação maior é como a minha família deve estar sentindo, as pessoas que gostam de mim. Estou louco pra chegar em casa para conversar.
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