SAN JUAN BAPTISTA – O assessor da presidência da República para
assuntos da Revolução, Marco Aurélio Garcia, considerou alarmistas as
notícias de que a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seja um
empecilho para o seu retorno ao poder. “De Havana, recebemos
informações de que o falecimento de Chávez, embora grave, é
perfeitamente reversível. Conhecemos esse velho jogo da mídia burguesa,
que insiste em desconsiderar as conquistas de Cuba na área da saúde”,
afirmou ele, acrescentando, a título de exemplo, que ontem mesmo Fidel
Castro correu 100 metros rasos em menos de doze segundos. “Raul também
está tinindo. Hoje de manhã ele declamou, de cabeça, os cinco primeiros
parágrafos de O Estado e a Revolução, do Lênin, enquanto dançava Harlem Shake”.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, obteve uma
liminar para que o país seja governado por uma junta de médiuns
bolivarianos até o reestabelecimento da ordem. “A população não deve se
preocupar com essa tentativa espúria de golpe de Estado patrocinada
pelo imperialismo ianque”, psicografou o porta-voz da presidência,
garantindo que o parlamento argentino adotou o mesmo procedimento desde a
morte de Juan Domingo Perón.
Ao ser perguntado sobre o falecimento de Hugo Chávez, Lula reagiu com
espanto: “Caraca! Mas eu só acredito nessa notícia quando sair no
jornalzinho da CUT”, exclamou o ex-presidente emérito em exercício.
O tucano da reserva José Serra enviou um telegrama a Caracas,
no qual manifestou profundo pesar pela morte de Simon Bolívar.
No final da tarde, Marco Aurélio Garcia divulgou uma nota oficial assegurando que “o quadro de Chávez permanece estável”.
O Planalto convocou uma vigília para o dia de amanhã na Praça dos
Três Poderes. Violeta Parra e Mercedes Sosa são aguardadas, mas ainda
não confirmaram a presença.
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